Dedos ágeis percorrem as teclas dos telemóveis sem precisar que os olhos os guiem. A conversa muda, de conteúdos comprimidos, não tem hora nem lugar marcado. Acontece discretamente ao longo de todo o dia. E deixou a esfera das tiradas divertidas e do paleio entre amigos para servir os impulsos do coração. Para dizer que se ama, para apimentar a relação ou simplesmente para tratar de aspectos práticos, deixando para o encontro cara-a-cara coisas mais interessantes para se dizer. O sinal da chegada de uma nova mensagem é muitas vezes silencioso, indicado apenas pelo vibrar do telefone. Mas faz saltar o coração.
É verdade que quanto mais novas são as gerações, mais enraizado está o SMS (Short Message Service) na comunicação em geral. Mas engana-se quem pensa que isso é apenas coisa de miúdos. A forma e a linguagem diferem de geração para geração – quanto mais velho, mais fiel se é ao uso do português tradicional nas mensagens – mas o SMS veio para ficar. E é para todos. Se o amor não tem idade, as mensagens românticas via telemóvel fazem também parte de um universo cada vez mais alargado.
“Amo-te muito. Estou cheia de saudades tuas e a contar os minutos para voltar a estar perto de ti, meu querido. Beijo grande.” A mensagem é real e foi escrita por Carlota Constâncio. (...)
Mariza Figueiredo, 30.07.2007. Versão integral aqui: G-Sat
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