Já há quem [Phil Marso] pretenda transformar a linguagem SMS em género literário. Nós não queremos. Mas lançámos o desafio. Um Diário de Miguel Torga integralmente “traduzido” em SMS. Escolhemos o “Diário XII”.
Micaela Andreia Neves e Márcia Arzileiro, ao tempo alunas da Licenciatura em Ciências da Informação do Instituto Superior Miguel Torga, aceitaram o repto. A conclusão do curso ia colocando o projecto em risco, algumas dezenas de páginas por “traduzir”. Mariana Alves e Laura Sobral (14 anos, estudantes do 8.º ano), esseémeésizaram as páginas em falta.
O resultado pode ser consultado aqui, em blog autónomo. Neste mesmo espaço pode o leitor confrontar algumas das páginas convertidas em SMS com o texto original. Que a experiência gere discussão, promova o debate em torno da língua portuguesa, é o nosso desejo.
Fica ainda o convite para visitarem o roteiro dos sítios referidos por Miguel Torga no seu “Diário XII”.
Por último, referência para o blog “TORGA EM SMS – OPINIÕES QUE CONTAM” (http://torgaemsms2.blogspot.com/). A coordenação do projecto solicitou a vários especialistas opinião sobre a iniciativa, pedindo-lhes também que se pronunciem sobre os desafios que se colocam à Língua Portuguesa, tendo por base a generalização da "linguagem SMS" entre os jovens. Os contributos recebidos serão publicados neste blog.
Dinis Manuel Alves (Coordenador do Projecto “Torga em SMS")
Torga em SMS
Miguel Torga escrito no telemóvel, talvez no Messenger. Exercício para gerar discussão
sábado, 16 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
Telemóvel na sala de aula. Para usar sem limites, diz professora
A pergunta: Como podem os telemóveis ser utilizados na sala de aula? A resposta: às escondidas dos professores. Os alunos demoraram a perceber a pergunta da psicóloga da Escola Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal. Afinal, são proibidos em quase todos os estabelecimentos de ensino. Eduarda Ferreira reformulou a questão. Como podem os telemóveis ajudar nas tarefas escolares dentro de uma sala de aula? Ah! Pois? Mas de que adianta responder se o seu uso continua interdito?
Eduarda Ferreira quer mudar essa premissa: "Gostava que as escolas perdessem o medo de cada vez que um telemóvel está nas mãos de um adolescente." Até porque poucos são os alunos que cumprem o regulamento: "Em vez de ser uma ameaça porque não transformar o aparelho num aliado dos professores?" A psicóloga passou da teoria à prática e convocou as cobaias que serviram de matéria-prima para trabalhar na sua tese de mestrado - 24 alunos do 7.o ao 9.o ano e 12 professores aceitaram participar na experiência.
As propostas dos alunos chegaram em catadupa. Usar a câmara para fotografar o quadro com o resumo da matéria, fazer vídeos para registar visitas de estudo, marcar as datas dos exames na agenda, configurar o alarme para lembrar que há trabalhos de casa a fazer, usar a internet para pesquisar, o bloco de notas para apontamentos, o bluetooth para partilhar ficheiros ou o gravador para reproduzir a aula em casa. Os professores nunca tinham pensado nisso. As ideias eram boas - excepto uma: "Enviar sms para passar as respostas dos testes uns aos outros." Sugestão chumbada; mas valeu a tentativa. (...)
i online, artigo de Kátia Catulo, 15.05.2009
Versão integral do artigo disponível aqui
Eduarda Ferreira quer mudar essa premissa: "Gostava que as escolas perdessem o medo de cada vez que um telemóvel está nas mãos de um adolescente." Até porque poucos são os alunos que cumprem o regulamento: "Em vez de ser uma ameaça porque não transformar o aparelho num aliado dos professores?" A psicóloga passou da teoria à prática e convocou as cobaias que serviram de matéria-prima para trabalhar na sua tese de mestrado - 24 alunos do 7.o ao 9.o ano e 12 professores aceitaram participar na experiência.
As propostas dos alunos chegaram em catadupa. Usar a câmara para fotografar o quadro com o resumo da matéria, fazer vídeos para registar visitas de estudo, marcar as datas dos exames na agenda, configurar o alarme para lembrar que há trabalhos de casa a fazer, usar a internet para pesquisar, o bloco de notas para apontamentos, o bluetooth para partilhar ficheiros ou o gravador para reproduzir a aula em casa. Os professores nunca tinham pensado nisso. As ideias eram boas - excepto uma: "Enviar sms para passar as respostas dos testes uns aos outros." Sugestão chumbada; mas valeu a tentativa. (...)
i online, artigo de Kátia Catulo, 15.05.2009
Versão integral do artigo disponível aqui
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Polémica sobre a resistência da taquigrafia no Senado brasileiro
Nelson Mota é contra, André Galvão a favor.
(...) Em outro “aliás”, o “articulista” deveria saber que arquivo sonoro (gravações) “meramente transcrito” não é documento oficial. Mas não o sabe porque jamais consultou um arquivo sonoro da Casa. E não é só essa a diferença! A arte taquigráfica permite a decodificação “instantânea”, mercê de apurada técnica e trabalho em equipe, o interlocutor recebe a mensagem “falada” transformada em “documento escrito” em mínimo espaço de tempo. Para quem gosta de falar em “tecnologia”, salta aos olhos que nunca tenha compulsado o “link” da sessão on-line, produzido em tempo real pela Taquigrafia das duas Casas Legislativas.
O óbvio é que são códigos diferentes: o da fala e o da escrita. E à Taquigrafia cumpre o papel de “comutar” o canal para que a comunicação atinja verdadeira e oficialmente seus objetivos. E assim o faz de forma “instantânea”, em “tempo real”, codificando e decodificando as mensagens para que o interlocutor saiba, EM MENOR TEMPO POSSÍVEL, o que está passando no Parlamento. E a notícia antiga, como se sabe, não é notícia. Essa, também, a função da Taquigrafia.
Por certo, aquele “descobridor da pólvora” já deve ter lido muitos “Diários Oficiais” e o inteiro teor das notas taquigráficas que supedanearam as redações finais das leis a que obedece, cujo texto nem de longe são meras “transcrições” realizadas por quaisquer “alfabetizados não-surdos”...
Em vez de escrevê-las, deveria o desarticulado “articulista” gravar sua ineditíssima e perspicaz ideia no “gravadorzinho digital de 200 reais” que sugeriu ao Senado Federal, ASSIM, TALVEZ, AS BOBAGENS QUE ESCREVEU ATINGIRIA UM PÚBLICO BEM MENOR, OU MESMO — COMO MERECIDO — PÚBLICO ALGUM. Melhor que se perdesse em algum arquivo digital corrompido. (...)
09.04.2009
Versão integral da resposta de André Galvão disponível aqui
(...) Em outro “aliás”, o “articulista” deveria saber que arquivo sonoro (gravações) “meramente transcrito” não é documento oficial. Mas não o sabe porque jamais consultou um arquivo sonoro da Casa. E não é só essa a diferença! A arte taquigráfica permite a decodificação “instantânea”, mercê de apurada técnica e trabalho em equipe, o interlocutor recebe a mensagem “falada” transformada em “documento escrito” em mínimo espaço de tempo. Para quem gosta de falar em “tecnologia”, salta aos olhos que nunca tenha compulsado o “link” da sessão on-line, produzido em tempo real pela Taquigrafia das duas Casas Legislativas.
O óbvio é que são códigos diferentes: o da fala e o da escrita. E à Taquigrafia cumpre o papel de “comutar” o canal para que a comunicação atinja verdadeira e oficialmente seus objetivos. E assim o faz de forma “instantânea”, em “tempo real”, codificando e decodificando as mensagens para que o interlocutor saiba, EM MENOR TEMPO POSSÍVEL, o que está passando no Parlamento. E a notícia antiga, como se sabe, não é notícia. Essa, também, a função da Taquigrafia.
Por certo, aquele “descobridor da pólvora” já deve ter lido muitos “Diários Oficiais” e o inteiro teor das notas taquigráficas que supedanearam as redações finais das leis a que obedece, cujo texto nem de longe são meras “transcrições” realizadas por quaisquer “alfabetizados não-surdos”...
Em vez de escrevê-las, deveria o desarticulado “articulista” gravar sua ineditíssima e perspicaz ideia no “gravadorzinho digital de 200 reais” que sugeriu ao Senado Federal, ASSIM, TALVEZ, AS BOBAGENS QUE ESCREVEU ATINGIRIA UM PÚBLICO BEM MENOR, OU MESMO — COMO MERECIDO — PÚBLICO ALGUM. Melhor que se perdesse em algum arquivo digital corrompido. (...)
09.04.2009
Versão integral da resposta de André Galvão disponível aqui
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Google estreia versão em miguxês moderno
O Google anunciou hoje a criação de uma nova versão de seu buscador em miguxês moderno, tornando assim a experiência de vários adolescentes mais intuitiva e prática junto às suas pesquisas.
De acordo com Marissa Mayer, Vice-presidente de Pesquisa de Produtos e Desempenho dos Usuários no Google, "enquanto países como o Canadá possuem duas línguas como o Inglês e o Francês, detectamos a necessidade de uma versão brasileira direcionada ao público adolescente, principalmente os que utilizam nossa rede de relacionamentos, o Orkut. Por esse motivo, estaremos na próxima semana lançando o Google em miguxês moderno, onde as sugestões de pesquisa também serão aprimoradas para eles".
Esta não é uma atitude inédita no Brasil. O contador, redirecionador e encurtador de URLs nacional Migre.me também começou a seguir a tendência recentemente, o que demonstra a rápida expansão da língua no país.
01.04.2009
Mentira do 1.º de Abril publicada aqui
De acordo com Marissa Mayer, Vice-presidente de Pesquisa de Produtos e Desempenho dos Usuários no Google, "enquanto países como o Canadá possuem duas línguas como o Inglês e o Francês, detectamos a necessidade de uma versão brasileira direcionada ao público adolescente, principalmente os que utilizam nossa rede de relacionamentos, o Orkut. Por esse motivo, estaremos na próxima semana lançando o Google em miguxês moderno, onde as sugestões de pesquisa também serão aprimoradas para eles".
Esta não é uma atitude inédita no Brasil. O contador, redirecionador e encurtador de URLs nacional Migre.me também começou a seguir a tendência recentemente, o que demonstra a rápida expansão da língua no país.
01.04.2009
Mentira do 1.º de Abril publicada aqui
quarta-feira, 11 de março de 2009
Keremos eskalar o Universo ke se fez pra nós o eskalar-mos
Reproduzimos página de "COIMBRA MANIFESTO 1925", assim conhecido através da edição que dele fez Petrus, no primeiro volume de "Os Modernistas Portugueses".
Página extraída do livro de Rita Marnoto (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), intitulado "Francisco Levita, Negreiros - Dantas. Uma página para a história da literatura nacional / Óscar, Pereira São-Pedro (Pintor), Tristão de Teive, Príncipe de Judá, Coimbra Manifesto 1925", edição FENDA, 2009.
Dica de Fernando Madaíl (Diário de Notícias)
A imagem linka para ficheiro pdf para que possa consultar a página ampliada.
Página extraída do livro de Rita Marnoto (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), intitulado "Francisco Levita, Negreiros - Dantas. Uma página para a história da literatura nacional / Óscar, Pereira São-Pedro (Pintor), Tristão de Teive, Príncipe de Judá, Coimbra Manifesto 1925", edição FENDA, 2009.
Dica de Fernando Madaíl (Diário de Notícias)
A imagem linka para ficheiro pdf para que possa consultar a página ampliada.
segunda-feira, 9 de março de 2009
UMA REGRA PARA CHÁVEZ OUTRA PARA OS LAGOSTINS
Faça as contas: num dia como hoje, o DN tem 56 páginas. Como cada página leva aí umas mil palavras (esta crónica tem 508), a edição ultrapassará as 56 mil. Multiplique-se por 143 anos, com épocas em que as páginas pareciam lençóis e as imagens eram poucas, e dá, garanto, um número com dez algarismos. Com tantas palavras, não faltam também os ocasionais palavrões. Umas vezes com reticências, como o "vai para o c..." por José Eduardo Martins no Parlamento e que é citado na edição de sexta-feira, ou, mais raro, sem recurso a quaisquer reticências.
Um bom exemplo? E recente? Um longo artigo sobre os campos de arroz em Portugal, em que um agricultor se refere aos "cabrões dos lagostins". Não há hipótese de substituir o palavrão pelos salvadores três pontinhos. Fazer uma reportagem é mostrar a realidade. E se as pessoas praguejam assim enquanto estão com os pés enfiados na água num arrozal perto de Alcácer do Sal, é assim também que o jornalista as deve pôr a falar. Claro, a decisão é fácil porque os ofendidos nunca se queixarão. Fosse gente o substantivo que se segue ao palavrão e a decisão seria outra. Do redactor. No extremo, do seu editor.
Além dos palavrões editoriais, existem os de outro género: as gralhas. Quem trabalha num diário fundado no século XIX sabe bem o que é ser brindado com velhas histórias, como a do anúncio a "colchões com molas" que durante dias saiu a faltar uma letra (contava-se na revisão do DN que o comerciante não se queixou - nunca tivera tanta clientela!). Ou do artigo sobre "continhas" dos professores onde houve também um erro. Mas aí joga o azar, não a opção jornalística.
Encontrar um critério para não chocar sensibilidades é difícil. Houve uma música de 1995 de Pedro Abrunhosa que nos jornais era referida como Talvez f..., apesar de passar na rádio e até ter sido cantada na televisão no programa Parabéns (sem piii). Mas o DN já não hesitou quando mais de uma década depois teve de contar o caso de uma agressão de um pai a uma professora à frente dos alunos. No artigo, pode ler-se que o agressor terá "mandado a professora à merda". É daqueles casos que mandam publicar as palavras todas para se perceber o contexto. Como no caso do resmungo de Jesse Jackson sobre o ainda candidato Barack Obama, dizendo que quando o ouvia a falar de cima com os negros tinha vontade de lhe "cortar os tomates".
E se os jornais americanos escreveram sem pestanejar balls, em Portugal houve quem pudicamente traduzisse por "cortar os testículos". E logo depois, enquanto Obama não substituía George W. Bush, houve mais uma decisão difícil a tomar quando Hugo Chávez decidiu insultar os americanos. Optou-se no DN por publicar a frase completa, mas em castelhano: "váyanse al carajo, yanquis de mierda".
Que jeito dá por vezes que as línguas se pareçam entre si.
Lições a tirar? Só uma e em poucas palavras. Como tudo no jornalismo, além do livro de estilo, convém bom senso. Há soluções e soluções. E em caso de dúvida...
Um bom exemplo? E recente? Um longo artigo sobre os campos de arroz em Portugal, em que um agricultor se refere aos "cabrões dos lagostins". Não há hipótese de substituir o palavrão pelos salvadores três pontinhos. Fazer uma reportagem é mostrar a realidade. E se as pessoas praguejam assim enquanto estão com os pés enfiados na água num arrozal perto de Alcácer do Sal, é assim também que o jornalista as deve pôr a falar. Claro, a decisão é fácil porque os ofendidos nunca se queixarão. Fosse gente o substantivo que se segue ao palavrão e a decisão seria outra. Do redactor. No extremo, do seu editor.
Além dos palavrões editoriais, existem os de outro género: as gralhas. Quem trabalha num diário fundado no século XIX sabe bem o que é ser brindado com velhas histórias, como a do anúncio a "colchões com molas" que durante dias saiu a faltar uma letra (contava-se na revisão do DN que o comerciante não se queixou - nunca tivera tanta clientela!). Ou do artigo sobre "continhas" dos professores onde houve também um erro. Mas aí joga o azar, não a opção jornalística.
Encontrar um critério para não chocar sensibilidades é difícil. Houve uma música de 1995 de Pedro Abrunhosa que nos jornais era referida como Talvez f..., apesar de passar na rádio e até ter sido cantada na televisão no programa Parabéns (sem piii). Mas o DN já não hesitou quando mais de uma década depois teve de contar o caso de uma agressão de um pai a uma professora à frente dos alunos. No artigo, pode ler-se que o agressor terá "mandado a professora à merda". É daqueles casos que mandam publicar as palavras todas para se perceber o contexto. Como no caso do resmungo de Jesse Jackson sobre o ainda candidato Barack Obama, dizendo que quando o ouvia a falar de cima com os negros tinha vontade de lhe "cortar os tomates".
E se os jornais americanos escreveram sem pestanejar balls, em Portugal houve quem pudicamente traduzisse por "cortar os testículos". E logo depois, enquanto Obama não substituía George W. Bush, houve mais uma decisão difícil a tomar quando Hugo Chávez decidiu insultar os americanos. Optou-se no DN por publicar a frase completa, mas em castelhano: "váyanse al carajo, yanquis de mierda".
Que jeito dá por vezes que as línguas se pareçam entre si.
Lições a tirar? Só uma e em poucas palavras. Como tudo no jornalismo, além do livro de estilo, convém bom senso. Há soluções e soluções. E em caso de dúvida...
Leonídio Paulo Ferreira, Diário de Notícias, 09.03.2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
O género de SMS
[Pergunta] Ultimamente, uma dúvida tem surgido nas conversas entre amigos!
Como agora utilizámos os télemoveis e os "sms", e temos a tendência para abreviar tudo, gostaria de saber qual o género da palavra ou sigla (não tenho a certeza) de "sms"!
Correctamente, devemos dizer:
«O sms»
«A sms»
Obrigada pela atenção!
Helena Alves :: Estudante :: Guimarães, Portugal
[Resposta] SMS é a sigla do sintagma em inglês Short Message Service. O núcleo deste sintagma é service e portanto o género atribuir seria «o SMS» — é este o género que lhe é atribuído nos sítios de especialidade. No entanto, na fala informal, é comum a opção por «a/uma SMS». Isto pode explicar-se de duas maneiras:
(i) ou os falantes não têm consciência da origem da sigla (o mesmo tendo acontecido, por exemplo, com a sigla TAC — ver «Textos Relacionados»)
(ii) ou trata-se de uma caso de elipse do nome mensagem, na expressão «mensagem SMS», fórmula que também é muito comum nos sítios consultados (outros casos: «a CP», «a PT»).
Ana Martins :: 02/03/2009
Respigado do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Como agora utilizámos os télemoveis e os "sms", e temos a tendência para abreviar tudo, gostaria de saber qual o género da palavra ou sigla (não tenho a certeza) de "sms"!
Correctamente, devemos dizer:
«O sms»
«A sms»
Obrigada pela atenção!
Helena Alves :: Estudante :: Guimarães, Portugal
[Resposta] SMS é a sigla do sintagma em inglês Short Message Service. O núcleo deste sintagma é service e portanto o género atribuir seria «o SMS» — é este o género que lhe é atribuído nos sítios de especialidade. No entanto, na fala informal, é comum a opção por «a/uma SMS». Isto pode explicar-se de duas maneiras:
(i) ou os falantes não têm consciência da origem da sigla (o mesmo tendo acontecido, por exemplo, com a sigla TAC — ver «Textos Relacionados»)
(ii) ou trata-se de uma caso de elipse do nome mensagem, na expressão «mensagem SMS», fórmula que também é muito comum nos sítios consultados (outros casos: «a CP», «a PT»).
Ana Martins :: 02/03/2009
Respigado do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
domingo, 1 de março de 2009
Dicionário da Internet e do Telemóvel
A Internet e o uso dos telemóveis não significam apenas uma revolução tecnológica. Provavelmente a maior revolução do uso destas novas tecnologias é social. A linguagem acaba assim por assumir um lugar central. Esta nova linguagem, mediada pelas redes de computadores e pelas redes de telemóveis, está a dinamizar a língua portuguesa sem a ameaçar nem a substituir, acrescentando-lhe uma nova expressividade e um feliz sentido de humor.Este livro contém mais de duas mil definições de novos vocábulos, mas também de frases e expressões, que estão a emergir como um novo vocabulário junto dos mais de 2 milhões de utilizadores portugueses da Internet e dos mais de 3 milhões portugueses que enviam mensagens escritas (SMS) através do seu telemóvel.
Saiba mais sobre este livro clicando aqui
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sábado, 28 de fevereiro de 2009
Mais de 50% dos adolescentes alemães preferem SMS a conversas com colegas
O envio de mensagens de texto (SMS) pelo telefone celular é o meio de comunicação preferido de 52% dos alemães que têm entre 14 e 19 anos, mais até que as conversas tête-à-tête, segundo um estudo do Instituto Allensbach.
"As novas tecnologias de comunicação modificam a cultura comunicativa e as várias gerações vêm evoluindo nesse âmbito de forma distinta nos últimos anos", indica a pesquisa, que ouviu duas mil pessoas na Alemanha.
Os dados revelam que enquanto o contato direto é o método preferido de comunicação para 65% das pessoas com entre 30 e 44 anos e para 70% daqueles que têm mais de 45, no caso dos jovens de 20 a 29 anos essa razão cai para 51%, e despenca para 36% entre os menores de 19 anos.
Dos entrevistados com entre 14 a 19 anos, dois terços gostam de bater papo pela internet e 52% falam regularmente por telefone.
Segundo o relatório, a internet permitiu um "renascimento" da comunicação escrita entre a população mais jovem, já que, embora só 11% deles redijam cartas, 47% dos escrevem e-mails.
Os números revelam que os mais jovens se comunicam mais por escrito que o resto dos grupos, sobretudo o dos maiores de 60 anos, que escrevem poucos e-mail (3% dos entrevistados) e cartas (20%).
O estudo diz ainda que os jovens de 14 a 19 anos preferem as mensagens SMS a qualquer outra forma de comunicação, são geralmente "mais impacientes" e sua expressão é "mais superficial".
Quanto aos temas que os entrevistados abordam em suas conversas, 73% deles falam das novidades de amigos e conhecidos, 66% se referem à vida cotidiana, 62% falam da família e 58% se refere ao trabalho e a planos de viagem.
Questões médicas e de ordem alimentar são outros assuntos comuns, mais abordados que questões políticas, econômicas ou ambientais, que, segundo o instituto, são secundárias.
O assunto da atualidade mais discutido pelos entrevistados é o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguido da crise econômica e do tempo.
EFE/Portal TERRA, 28.02.2009
"As novas tecnologias de comunicação modificam a cultura comunicativa e as várias gerações vêm evoluindo nesse âmbito de forma distinta nos últimos anos", indica a pesquisa, que ouviu duas mil pessoas na Alemanha.
Os dados revelam que enquanto o contato direto é o método preferido de comunicação para 65% das pessoas com entre 30 e 44 anos e para 70% daqueles que têm mais de 45, no caso dos jovens de 20 a 29 anos essa razão cai para 51%, e despenca para 36% entre os menores de 19 anos.
Dos entrevistados com entre 14 a 19 anos, dois terços gostam de bater papo pela internet e 52% falam regularmente por telefone.
Segundo o relatório, a internet permitiu um "renascimento" da comunicação escrita entre a população mais jovem, já que, embora só 11% deles redijam cartas, 47% dos escrevem e-mails.
Os números revelam que os mais jovens se comunicam mais por escrito que o resto dos grupos, sobretudo o dos maiores de 60 anos, que escrevem poucos e-mail (3% dos entrevistados) e cartas (20%).
O estudo diz ainda que os jovens de 14 a 19 anos preferem as mensagens SMS a qualquer outra forma de comunicação, são geralmente "mais impacientes" e sua expressão é "mais superficial".
Quanto aos temas que os entrevistados abordam em suas conversas, 73% deles falam das novidades de amigos e conhecidos, 66% se referem à vida cotidiana, 62% falam da família e 58% se refere ao trabalho e a planos de viagem.
Questões médicas e de ordem alimentar são outros assuntos comuns, mais abordados que questões políticas, econômicas ou ambientais, que, segundo o instituto, são secundárias.
O assunto da atualidade mais discutido pelos entrevistados é o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguido da crise econômica e do tempo.
EFE/Portal TERRA, 28.02.2009
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